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Nada de (definição do padrão de) TV Digital…

[Via Estadão]

Parece que não vão anunciar o padrão hoje… Acham prematuro demais a decisão hoje…

PELO AMOR DE DEUS, ERA PRO PADRÃO SER ESCOLHIDO EM 2001, 5 ANOS ATR?S… E AGORA QUEREM ADIAR PARA 2007!!!

Fala-se até em consulta ao povo, como no referendo sobre a proibição da posse de armas.
Como se o povo desse pais fosse entender alguma coisa… 🙁
Provavelmente votariam no ATSC (Padrão americano – o pior de todos) por achar que é melhor porque é americano…

Escrito por: Felipe Cepriano, ás 13:50 do dia 10 de março de 2006
3 comentários
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3 comentários em “Nada de (definição do padrão de) TV Digital…”

  1. Cesar Cardoso:

    Felipe, na boa, gosto de ler o seu blog. Mas vejo no seu perfil e vejo que você tem 14 anos, então deixa alguém com mais que o dobro da sua idade explicar algumas coisas. Vou aproveitar e explicar um pouco minha posição intransigente em defesa do DVB, e porque essa posição tem pouco, ou nada, a ver com tecnologia.

    Primeiro, tecnologia não é socialmente neutra! Existe sempre um pêndulo social que balança para algum lado quando se introduz uma nova tecnologia. Alguém SEMPRE ganha e alguém SEMPRE perde. O avanço da tecnologia é um jogo de soma zero, essa é que é a verdade. Portanto, se tecnologia é um jogo de soma zero, a decisão tecnológica é SEMPRE vinculada decisão política.

    Segundo, nem sempre ser retardatário numa tecnologia é ruim. Aliás, tem uma grande vantagem, que é pegar um produto mais maduro. Vejamos o 3G, por exemplo: se nós estivéssemos entre os primeiros países a licitar 3G, passaríamos anos sofrendo com os hansets horrorosos, tijolosos e com menos de uma hora de tempo de conversação da primeira geração 3G. Se nós licitarmos em 2007, já pegaremos uma segunda geração mais madura, até com o HSDPA (alguns chamam de 3,5G). Foi ruim ficar atrás? Não.

    Bom, baseando-se nesses princípios, quem ganha e quem perde com cada tecnologia de TV digital escolhida?

    * No DVB, ganha as telefônicas. São incrivelmente ruins, é verdade, mas pelo menos têm alguma coisa parecida com regulação do Estado e competição entre elas.
    * No ISDB, ganha as emissoras de TV. Ganham a concessão na base da política, não têm NENHUMA regulação e muito menos competição. E mentem. Só na Globo, tem três casos que em qualquer país sério já seria caso de cassar a concessão: a Grande Fraude de 1982, a tentativa de esconder o Diretas Já em 1984 e o Jornal Nacional do dia seguinte ao segundo debate Collor-Lula de 1989.

    Aí olho para isso e pergunto: dá pra acreditar no ISDB? Não. A escolha do ISDB vai gerar mais 50 anos dessa democracia torta, que preservou praticamente toda a estrutura montada na ditadura. A escolha do ISDB vai manter o massacre das comunidades pelas 6 famílias que controlam a radiodifusão brasileira.

    Quanto ao adiamento, decisão correta. Deixa o Hélio Costa sair do ministério, talvez a discussao volte para um patamar razoável.

  2. Felipe Cepriano:

    Só que o que acontece é que pouca coisa mudou nos padrões nesses 5 anos (Tirando MPEG4 / h.264)
    Até entendo adiar a decisão em 1 ano se fizerem um padrão Brasileiro, que suporte bem HDTV, Dispositivos móveis e novas emissoras. [Algo como uma junção do DVB com o ISDB]
    Mas daqui a 1 ano provavelmente vão apenas escolher um padrão e pronto!
    O que poderia ser feito hoje vai ser feito daqui a 1 ano, sem ganhar nada. (Mesmo que o padrão seja o DVB)

    As teles (provavelmente) vão cobrar caro pelo conteudo.
    E eu não acho que o conteudo será melhor do que a m*rda que temos na TV aberta – imagine um canal de TV feito pela Vivo…
    [Tá bom, eu peguei pesado, mas as teles vão fazer/comprar programas que deêm Ibope – e conteudo decente, infelizmente, não dá Ibope nesse pais]

  3. Carlos Cardoso:

    PIOR, surgiu agora um papo de que vão pegar features dos TRÊS padrões e montar um frankenstein. Reinventaram o PAL-M, com os diabos.

    O modelo japonês prevê transmissão direto pelas operadoras para os aparelhos móveis? EXCELENTE, pois a Globo nunca me cobrou um centavo para receber seu sinal aberto, enquanto as operadoras cobram R$6 / MB e não dão nem papo. Se o modelo europeu for aprovado, TV no celular será MAIS um serviço pago. Não, obrigado.

    De resto, chega de reinventar a roda… inventar um padrão nacional… pelos deuses, só vai servir pra dar dinheiro pras “oficinas de transcodificação”. Ninguém lembra do inferno que é comprar uma placa de TV que funcione no Brasil, por causa do PAL-M?

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